O trabalho de ZéVitor transita por temas relevantes e essenciais, com uma visão que só um artista de sua geração poderia ter. A cada novo álbum ou Ep, o artista flertou com estilos e linguagens tão distintas que, não seria exagero dizer, a mudança é a sua única constante. O álbum Existencial tem algumas faixas antecipadas, a primeira faixa título, um indício da temática predominante do disco: a questão da auto imagem e do senso de pertencimento: Qual a necessidade/De ver com os mesmos/Olhos de todo mundo?”. Fúria dos Imortais, a segunda faixa é de autoria de Dudu Vale, aqui apura-se o olfato, talvez o mais potente sentido da memória: “A mínima lembrança do teu cheiro/Me carrega por inteiro pra um furacão”. A terceira faixa Livro Antigo não é diferente, sobre uma pulsação marcante e efeitos de guitarra, o refrão condensa em palavras e sons a sensação de que o tempo que parece se esvair: “Evapora”. Bem Perto, quarta faixa tem feat com Cella. Bem Perto é uma explosão: “As almas misturam/A química ativa/Todos os sentidos” Anti-herói é a quinta faixa com o feat, mais que esperado, com Kamaitachi. De Cronológico (2018) ao álbum Ressignificar (2020), além de diversos singles, com renomados artistas: Versos Ardentes (feat. Fagner), Banco de Areia (feat. Zélia Duncan) e com expoentes de sua geração: Lápis Lazulli (feat. Lou Garcia), Castelo de Areia (feat. Konai) e Bruxa (feat. Kamaitachi) além de dois EPs : Crônicas de Um Amor, e Amor e Minimalismo.