O nome veio das casas onde aconteciam encontros para batucar numa época em que o samba era proibido, marginalizado. Bangalafumenga encantou Ricardo Chacal pela sonoridade e significado da palavra e o poeta assim batizou o evento que acontecia no Planetário da Gávea, onde eram apresentados saraus de poesia, improvisos e roda de samba. Agitador revolucionário da cultura carioca a quem devemos muito da grandeza de nossa cena cultural das últimas décadas, Chacal convidou então Rodrigo Maranhão e Celso Alvim (da Parede) para tocar no evento. Música e poesia se reuniram e, claro, deu samba! Em 1998, a brincadeira virou uma batucada entre amigos e o Banga fez seu primeiro desfile pelas ruas da cidade, que ficavam desertas durante o Carnaval, pois grande parte dos cariocas viajava e a festa de rua ainda não tinha ganhado forma. E foi exatamente daí que começou a revitalização do Carnaval de rua, misturando todos os ritmos e sotaques brasileiros, empolgando os foliões com releituras de clássicos diversos da música popular brasileira. Desde seu surgimento, o Bangalafumenga mostrou suas diversas personalidades: banda, bloco, oficina de percussão, bloco show, sempre explorando a pluralidade de todas as suas vertentes e a vontade de testar o desconhecido e ocupar a cidade. Vem então, firmando pé em sua vocação há quase 25 anos, entendendo a manifestação cultural do Carnaval na cidade e na rua, seguindo a ideia de ter uma bateria formada em casa.