Brasileira, mineira de Ribeirão das Neves, Região metropolitana de BH; é impossível contar a história da cultura Hip Hop ou da luta afrodiaspórica contemporânea em MG sem que o nome Tamara Franklin seja lembrado. Foi a primeira mulher no estado a lançar um disco solo de RAP ( Anônima, 2015). Seu trabalho se caracteriza por seu comprometimento com discussões sociais, raciais e de gênero. Sua pesquisa foca a arte e outros saberes afrodiaspóricos como agentes transmissores de códigos e valores milenares da cosmogonia africana. A artista tem no RAP e, mais recentemente, nos ritmos jamaicanos, a plataforma através da qual transita por outras linguagens e texturas artísticas, se destacando por sua versatilidade e performance. Referência da força das mulheres, seu legado compõe o percurso de pavimentação traçado pelas pioneiras do RAP nacional, partindo da dimensão matrigestora da cultura Hip Hop e fazendo frente ao machismo que por tanto tempo impediu que mulheres pudessem protagonizar seu próprio corre. Além de fruição e entretenimento, Tamara entrega a seu público um conhecimento robusto, sólido, crítico e político, embalado pela beleza e leveza que sua poesia e arte transmitem. A artista descreve enquanto sua missão: tocar, se aproximar e se conectar com o público, partindo da experiência pessoal, fragilidades e potências de um corpo negro, matrigestor e contra colonial - que pensa,que ama, que sangra, que goza,que reza, que dança, que luta!