“Viver é mais do que existir” Kardüm é sobre conexões e relações. É uma banda surgida em meio à pandemia de Covid-19, mas com conexões existentes há mais de duas décadas. Sim, somos uma banda de velhos. Marcelo, Murilo e Rafael estão na ativa na cena capixaba desde os anos 1990, com os dois primeiros tendo tocado por anos no Dead Fish e o terceiro dedicado tempo em projetos como Auria e o [mono], este ao lado de Marcelo. Foi em uma turnê do [mono] em 2002, inclusive, que Daniel entrou na jogada. O giro brasileiro dos californianos do Samiam era acompanhado pelo lendário Garage Fuzz, banda de Daniel, e, em algumas datas, pelo [mono]. Sim, 18 anos separam a tal turnê do lançamento do Kardüm, mas, como disse, é sobre conexões. É daí também que vem o nome. O que, afinal, liga Vitória/Vila Velha a Santos? O mar. As duas cidades com estilo de vidas tão parecidos dividem também a tradição de boas bandas de hardcore. Nosso “cardume” conecta as duas cidades de cultura caiçara e forte ligação com o oceano. As relações se fazem tão presentes nas letras. Com sonoridade pesada, mas também melódica, uma grande mistura de influências que atravessam décadas, o Kardüm acredita no poder transformador não só da música, mas também da arte como um todo. É por isso que as letras são pessoais, mas permeadas de política - a revolução começa com uma transformação interna, com empatia e a capacidade de entender as dores de cada um. Se não nos transformarmos, não transformaremos a sociedade.