Vozes ecoadas, referências sonoras dos anos 90 e letras de amor são o ponto de partida para as nove canções apresentadas por Lucas Moraes (voz e guitarra), Pedro Puccetti (baixo) e Pedro Tatit (bateria) no primeiro lançamento dos jovens. "Os Últimos Dias Disso" é o nome dado ao álbum, homônimo ao conjunto, que sai no dia 14 de julho. "Os Últimos Dias Disso" não tem cara de um disco de estreia. O álbum tem proposta e identidade muito bem definidas, e ao longo das nove faixas (pouco mais de meia hora) apresenta uma fluidez digna de um grupo muito bem entrosado entre si. O trio tem como base para todas as canções a mistura do shoegaze dos anos noventa de My Bloody Valentine, Yo La Tengo e The Sea and Cake, com o indie da década passada de Mac deMarco e Connan Mockassin, com algumas pinceladas de música brasileira contemporânea como O Terno, Terno Rei e até um pouco de Los Hermanos. Mistura essa que abre um grande leque de possibilidades que é explorada pela banda. Faixas como "Tanto Faz" e "Essa não é mais uma canção de amor (Bowie)" trazem uma sonoridade mais agitada, com distorções e batidas aceleradas. "O Nome Dela" e "Estrelas" exaltam a influência do shoegaze com paredões sonoros. "De Novo" e "Você (Canção dos Beatles)" já dão um toque mais atmosférico ao disco, que também conta com passagens mais swingadas e dançantes. O primeiro single foi lançado dia 26 de maio e o álbum cheio no 14 de julho, via Seloki Records. Haroldo Bontempo